Covaxin
Reprodução: ACidade ON
Covaxin

O empresário Francisco Maximiando , da Precisa Medicamentos, envolvida na compra da vacina indiana Covaxin omitiu participação em seis das nove empresas que administra. A declaração de Imposto de Renda foi obtida pelo site The Intercept Brasil, que revelou serem justamente as mais lucrativas as que não constam em documentos da Receita Federal entregues à CPI da Covid. 

Maximiano declarou rendimentos de apenas R$ 52 mil em um ano. O valor equivale a uma renda mensal de R$ 4,3 mil. Enquanto isso, a quebra de sigilo mostrou pagamentos à vista em lojas de luxo, como R$ 3 mil na Prada , R$ 1,9 mil na Burberry, em São Paulo, e R$ 890 na Casa Ouro, em Brasília.

A Precisa fez a intermediação do negócio entre o governo e a farmacêutica indiana Bharat Biotech, fabricante da Covaxin. O dono acumula polêmicas como o calote no hospital Sírio-Libanês e dívidas de uma  lancha ancorada em Angra dos Reis.

Em nota, os advogadores não responderam às perguntas feitas pelo site. Eles se disseram perplexos com “a quantidade de informações inverídicas e maliciosas que estão sendo difundidas, com o único objetivo de gerar um caos político e prejudicar a vacinação da população brasileiro”.

“A Precisa Medicamentos é a representante do laboratório indiano Bharat Biotech no Brasil e seguiu em todas as tratativas com as autoridades os mais rigorosos critérios de integridade e ética, e atendeu de imediato todas as exigências do Ministério da Saúde para a venda da vacina Covaxin. A empresa e Francisco Maximiano estão à disposição da CPI para esclarecer os fatos, rebater as ilações maliciosas difundidas com o objetivo de frustrar uma contratação de suma importância para todos”, acrescentaram os representantes de Maximiano.

A Covaxin foi a vacina uma das mais caras compradas pelo governo brasileiro, com preço unitário de R$ 80,70. As negociações apresentam diversas movimentações atípicas quando comparadas às que Planalto teve com outras farmacêuticas. A aquisição do imunizante era a única a contar com uma empresa intermediadora, a Precisa Medicamentos, até a denúncia da Davati ter participado de outro esquema de superfaturamento de vacinas. 

Clique  aqui e entenda a cronologia da compra superfaturada da vacina indiana.



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