Ministro da Economia, Paulo Guedes
Reprodução: iG Minas Gerais
Ministro da Economia, Paulo Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes , em audiência no Senado nesta sexta-feira (25), respondeu à pergunta da senadora Zenaide Maia (PROS-RN) sobre a possibilidade do auxílio emergencial retornar ao valor de R$ 600 . Segundo ele, o benefício pode ser prorrogado para além de outubro em caso de atraso na vacinação, mas faltam recursos para aumentar o valor.

"Quando criamos o auxílio de R$ 600 houve a maior redução de miséria em 40 anos, mostrando que é possível eliminar as chagas da fome. Porque não fazer isso?", questionou. "O grande problema é a fonte , arrumar de onde vem o dinheiro", disse.

"Quando tentamos desenhar o Renda Brasil, pensamos em unificar o abono salarial e o seguro defesa. Aí veio o presidente Bolsonaro e disse que estaríamos tirando do pobre para dar ao paupérrimo", completou Guedes.

O ministro disse que tenta aumentar o valor, mas o teto de gastos não permite. 

Tributação de dividendos

Para compensar a queda de arrecadação com a alteração da tabela de isenção do Imposto de Renda para R$ 2,5 mil, o Ministério da Economia estuda aumentar em 20% a tributação de lucros e dividendos. Ele classificou esta alíquota como "moderada".

Sobre a possibilidade de retirada de pessoas físicas da Bolsa, Guedes defendeu a tributação sobre capital. "Há uma perversão do nosso sistema tributário. Ele é muito complexo e favorece setores específicos, enquanto onera o resto da população indefesa, que não faz lobby", disse Guedes

"É inadmissível um bilionário receber dividendos e não pagar nenhum imposto", defendeu o ministro. 

Ajuda para empresas

Guedes disse estar olhando para todas as frentes, inclusive os "sequelados do comércio". Diante disso, ele defendeu o projeto do "passaporte tributário", para auxiliar empresas no cadastro negativo.

"A grande empresa faz um refiz, a pequena precisa de um perdão na dívida. Precisamos dar uma ajuda de 80% dessas dívidas".




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