O presidente Jair Bolsonaro
pensa em acabar com o abono anual do PIS/Pasep
para bancar o aumento do Bolsa Família
, que iria de R$ 190 para R$ 250. Atualmente, o abono salarial é de até um salário-mínimo, e é pago anualmente a trabalhadores formais com renda mensal de até dois salários - cerca de 25 milhões de brasileiros. As informações são do Uol.
Se a ideia realmente for posta em prática, Bolsonaro estará fazendo algo que disse jamais fazer. Em setembro passado, ao comentar estudos do governo para unificar programas sociais, ele disse que "jamais tiraria dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos".
De acordo com técnicos da equipe econômica do Ministério da Cidadania , a extinção do abono salarial liberaria R$ 20 bilhões para o Bolsa Família, que atualmente trabalha com R$ 35 bilhões. O que os técnicos mostram a Bolsonaro é que, com os R$ 55 bilhões, o novo programa social poderia pagar até R$ 300 por família sem se preocupar com regras fiscais, o que melhoraria a popularidade do presidente.
De acordo com um técnico do governo entrevistado pelo Uol, Bolsonaro está "mais aberto" para essa conversa, chegou a autorizar estudos sobre o tema e demonstrou que essa seria a "medida correta". Segundo a mesma fonte, o fim do abono não prejudicaria aposentados
ou deficientes, mas apenas trabalhadores que já têm renda e que, muitas vezes, também poderiam se beneficiar do aumento do Bolsa Família
.
O novo Bolsa Família poderia ter valor maior de benefício , além de um auxílio-creche de R$ 250 e o pagamento de uma bonificação para bons estudantes, de acordo com rascunho de Medida Provisória do programa obtido também pelo Uol em fevereiro.