Funcionários da Elgin em São José dos Campos (SP) entraram em greve nesta terça-feira (15) em protesto ao fechamento da unidade e transferência das operações para Mogi das Cruzes (SP) . A empresa informou que a planta deve encerrar a fabricação de produtos em janeiro de 2022 e 87 funcionários devem ser demitidos com a mudança.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos disse que a Elgin ofereceu uma proposta aquém do esperado por trabalhadores e sindicalistas . Segundo os organizadores, a empresa propôs o pagamento de um a três salários nominais, de acordo com o tempo de fábrica, seis meses de convênio médico e de vale-refeição, 4% de aumento real do salário e R$ 2 mil de abono.
Já os funcionários reivindicam indenização que varia entre R$ 12 mil e R$ 68 mil, de acordo com o tempo de fábrica, extensão do convênio médico e do vale-refeição por um ano, correção salarial pelo INPC mais 5% de aumento real e R$ 5 mil de abono.
O presidente do sindicato, Weller Gonçalves, lembra da importância que a empresa tem para a região e ressalta a perda para funcionários com o fechamento da Elgin em São José dos Campos.
“Nós lutaremos até o final para reverter a decisão da fábrica e manter os postos de trabalho em nossa região”, afirma Gonçalves.
A greve é por tempo indeterminado ou até a apresentação de uma contraproposta da empresa. Sindicalistas, representantes de funcionários e a Elgin informaram que as negociações de indenização estão em andamento .