A Secretaria Especial de Comunicação Social do Governo Federal (Secom) gastou apenas R$ 1,2 milhão em propagandas de incentivo à imunização contra à Covid-19 , segundo dados da própria secretaria enviado à CPI da Covid no Senado. O valor é 16 vezes menor do que gasto em divulgação de remédios ineficazes contra a doença, como a Cloroquina e Ivermectiva, incentivados pelo Palácio do Planalto.
Segundo as planilhas da Secom, entre outubro de 2020 e os primeiros meses deste ano foram empenhados R$ 19,3 milhões em propaganda de medicamentos sem comprovação científica para a cura do coronavírus. Nos dados, entretanto, não estão contabilizados os gastos realizados diretamente pelo Ministério da Saúde.
Entre os gastos da Secom está a destinação de R$ 1,3 milhão para influenciadores na divulgação do "tratamento precoce" e do "kit covid". De acordo com a Agência Pública , 19 celebridades e subcelebridades receberam cerca de R$ 85 mil para apoiarem os medicamentos em suas redes sociais.
Retorno dos citados
A Secom ainda não se pronunciou sobre os gastos destinados para propagandas relacionadas ao "tratamento precoce" e incentivo à vacinação.
Ao UOL , o Ministério da Saúde informou que foram realizadas 25 campanhas publicitárias "com os mais diversos temas" desde março de 2020. A pasta ressaltou o investimento de R$ 316,2 milhões em divulgações sobre à Covid-19.