Desemprego cresce no Brasil
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Desemprego cresce no Brasil

3,48 milhões de brasileiros estão desocupados há pelo menos dois anos, de acordo com dados da Pesquina Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua do primeiro trimestre de 2021. O grupo, chamado de desemprego de longa duração , bateu recorde alcançando o nível mais alto da série história, inicada em 2012.

Atualmente, 23,6% dos desempregados no Brasil estão na situação há mais de dois anos - ao todo, o país tem 14,8 milhões de desempregados . Só durante a pandemia de Covid-19 , mais de 412 mil profissionais passaram para o grupo que procura um emprego há mais de dois anos, alta de 13,4%.

De acordo com especialistas ouvidos pela Folha de S. Paulo, os números são resultado de um mercado que ainda não tinha se recuperado da crise anterior. Com a chegada da pandemia , o nível de desemprego  aumentou ainda mais. 

"Houve uma melhora leve, mas ainda tinha um contingente muito grande de pessoas sem ocupação. Para um conjunto considerável de pessoas, isso [o início da pandemia] foi um prolongamento da crise anterior", afirma José Ronaldo Castro Júnior, diretor de estudos e políticas macroeconômicas do Ipea, à Folha.

O grande problema do desemprego de longa duração é que, com o passar do tempo, os profissionais podem migrar para o desalento , que é quando se desiste de procurar uma vaga. No primeiro trimestre deste ano, 6 milhões de brasileiros estavam nessa posição.

“O outro efeito é a pessoa com certo nível de formação aceitar um função menor ou uma vaga de tempo parcial”, afirma Castro Júnior. De acordo com a Pnad Contínua, em um ano, 5,6 milhões entraram para o grupo de subutilizados . A categoria, que inclui desempregados, pessoas trabalhando menos de 40 horas semanais ou na força de trabalho potencial, já tem mais de 33,2 milhões de brasileiros.

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