Com alta na inflação, Bolsonaro diz que não vai intervir em preços dos alimentos
Dados do IBGE apontam que a inflação do país está em 6,1%, acima dos 5% previstos pelo Ministério da Economia
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (01) que não irá intervir nos preços dos alimentos mesmo com a inflação acima do teto esperado pela equipe econômica . Em evento no Palácio do Planalto, Bolsonaro reconheceu a alta no índice inflacionários que, segundo o IBGE, está em 6,1%.
Ao explicar os motivos para não interferir na inflação, o presidente usou o exemplo da Argentina, que reduziu os valores das carnes, e afirmou que a medida provocará desabastecimento no país.
"Intromissão no mercado leva ao desabastecimento", disse Bolsonaro.
Questionado sobre como deverá reduzir o índice de inflação no país, Bolsonaro apontou o aumento da produção como uma possível alternativa para a redução inflacionária no Brasil. No entanto, não informou como pretende efetivar os investimentos.
"Nós investimos na produção. Tenho certeza que dessa forma diminuiremos o preço da alimentação, produzindo mais e não interferindo no mercado", concluiu.
Embora tenha prometido que não irá intervir nos valores dos alimentos, Bolsonaro já tentou interferir na polícia de preços dos combustíveis , ao trocar o comando da Petrobras após os sucessivos aumentos nos valores da gasolina e diesel . O presidente ainda ameaçou alterar as políticas de cobrança de energia elétrica depois que a agência reguladora anunciou que manteria a bandeira vermelha nos primeiros meses de 2021.