PIB sobe 1,2% no primeiro trimestre de 2021 e volta ao patamar de 2019
IBGE divulgou o levantamento nesta terça-feira (1)
O P roduto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens produzidos no país, cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2021, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2020, o PIB encolheu 4,1% , em consequência principalmente da pandemia. Foi o pior resultado anual desde 1996, quando começou a série histórica.
Com relação ao mesmo período do ano anterior, o PIB apresentou melhora de 1%. Já contra o trimestre imediatamente anterior (4T20), subiu 1,2%. No acumulado de 4 trimestres ainda apresenta queda de 3,8%.
"Com o resultado do primeiro trimestre, o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, mas ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014", destacou o IBGE.
A prévia do PIB, o índice IBC-Br, apontou alta de 2,3%
no período. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que o crescimento viria "muito acima do esperado"
. Em março a queda na atividade econômica foi de 1,6% por conta do recrudescimento da pandemia.
"Em valores correntes, o PIB no primeiro trimestre de 2021 totalizou R$ 2.048,0 bilhões, sendo R$ 1.753,4 bilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 294,7 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios", diz o IBGE em nota.
Crescimento por setor
Agropecuária puxou a alta do índice com (5,7%), seguido pela Indústria (0,7%) e Serviços (0,4%).
"Dentre as atividades industriais, o avanço foi puxado pelas Indústrias Extrativas (3,2%), mas também apresentaram taxas positivas a Construção (2,1%) e a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,9%). O único desempenho negativo se deu nas Indústrias de Transformação (-0,5%). Nas atividades de Serviços houve resultados positivos em Transporte, armazenagem e correio (3,6%), Intermediação financeira e seguros (1,7%), Informação e comunicação (1,4%), Comércio (1,2%), Atividades imobiliárias (1,0%) e Outros serviços (0,1%). A única variação negativa veio da Administração, saúde e educação pública (-0,6%)", aponta o IBGE.