"É para interferir mesmo", diz Bolsonaro sobre general no comando da Petrobras
Presidente afirmou que Silva e Luna está realizando estudos para dar 'previsibilidade' ao aumento nos combustíveis
O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta sexta-feira (28) que interferiu na Petrobras ao mudar o comando da empresa, em fevereiro, quando o economista Roberto Castello Branco foi substituído pelo general da reserva Joaquim Silva e Luna . Bolsonaro ressaltou que é presidente e que não era obrigado a manter todos que estavam na empresa.
"Eu troquei o comando da Petrobras. No começo, foi um escândalo. 'Interfere….'. É para interferir mesmo, eu sou presidente. Ou eu assumo e tenho que manter todo mundo que está empregado?", disse Bolsonaro, em conversa com apoiadores ao chegar no Palácio da Alvorada.
O presidente disse que a troca foi demorada devido à burocracia ( Silva e Luna só tomou posse em abril) e que o novo presidente da Petrobras está fazendo estudos para dar mais "previsibilidade" aos aumentos no preço dos combustíveis . Os seguidos reajustes foram a principal razão do desgaste de Bolsonaro com Castello Branco.
"Ele (Silva e Luna) foi para lá, assumiu. O então presidente levou quase dois meses para sair, porque tem conselho, que vota... O negócio é burocrático", disse, acrescentando: "E ele está ultimando estudos, com o conselho novo também, que foi colocado lá, para ter previsibilidade no aumento de combustíveis. Não é interferência, é previsibilidade."