Profissionais de saúde investem em franquias para aumentar renda
Juliana Nascimento
Profissionais de saúde investem em franquias para aumentar renda

Dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostram que, no 4º trimestre de 2020, o setor de franquias fechou em quase R$ 54 bilhões . Em comparação com o mesmo período de 2019, foram quase R$ 55 bilhões , uma variação percentual negativa de 1,8% , sob forte impacto da pandemia. Ainda em um cenário de retração econômica, muitos profssionais de saúde decidiram se dedicar à gestão de empresas em diversos segmentos. 

Desde julho de 2013, Grasiella Paizante , de 43 anos, é franqueada da Calçados Bibi. Formada em fisioterapia e docente em uma faculdade da área médica, ela abraçou o desafio de empreender em uma área completamente diferente da que atua. 

Investi em uma franquia por ser um modelo pronto , estruturado e pela possibilidade de ter uma renda paralela à minha profissão. A opção é justamente por ser uma área muito diferente da minha formação e a chance de sucesso no empreendimento ser maior por ter um direcionamento”, revela.

Ela conta, ainda, que decidiu investir neste modelo de negócio por já estar pronto e estruturado com treinamento e todo o passo a passo do que deve ser feito, além de todos os fornecedores. E a única desvantagem é o fato de ter de dividir seu tempo entre as duas atividades. “Faço o serviço administrativo da loja em domicílio acompanhando os indicadores via sistema. Diariamente tenho contato com a minha gerente por ligação e WhatsApp. Uma vez por semana vou presencialmente na loja para ter um feedback com a gerente e vendedoras.”

Já a dentista Andrea Masson , de 39 anos, é franqueada da Royal Face desde 2019 e já atuava na área de estética em seu consultório próprio. Especialista em harmonização facial, ela também dava aulas e ministrava palestras, o que a estava deixando fora do dia a dia do consultório. Ao pesquisar sobre o mercado de franchising, com foco em estética, segmento que, inclusive, vem apresentando um crescimento expressivo no Brasil, ela se deparou com a Royal Face.

A dentista foi à unidade da CEO da marca, em Curitiba, a fim de entender um pouco mais do modelo de negócio. "Saí de lá já decidida a abrir uma Royal Face na minha cidade. Por meio do suporte da franqueadora, poderia me dedicar mais à carreira de professora, além de estar nos bastidores de um negócio que condiz com minha área de atuação, aliando os conhecimentos técnicos na área de harmonização com a expertise do negócio da franqueadora, o que vem dando muito certo”, afirma.

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O sucesso foi tão grande que ela se tornou multifranqueada da Rede e motivos para comemorar não faltam. “No último mês, minhas três unidades ficaram entre as cinco primeiras da rede, sendo Blumenau em primeiro lugar por quatro vezes nos últimos cinco meses”. Ela também conta que largou o consultório. “Hoje, não atuo mais como dentista, mas continuo me dedicando às aulas e palestras, dou suporte técnico às equipes de profissionais das minhas franquias e sou muito atuante na gestão das unidades”, finaliza.

Assim como Grasiella, Camilo Artur Camargo , de 40 anos, é fisioterapeuta. Franqueado da Água Doce Sabores do Brasil , há nove anos, ele também buscou algo que fosse rentável, com formato e nome consolidados no mercado. No entanto, ao contrário de sua colega de profissão, ele não mais concilia os dois trabalhos. “Consegui conciliar os dois primeiros anos de franqueado com a profissão, depois disso, me dediquei completamente ao negócio, pois a rotina da franquia consome sua atenção todos os dias. No meu ponto de vista, é necessária a exclusividade para o sucesso no negócio.”

E para que o empreendimento tenha sucesso, ele diz que não acredita que haja necessidade de formação em área correlata ao negócio. “O importante é ter dedicação ao empreendimento, estudar e entender o negócio. É necessário conhecer a operação do início ao fim”.

O dentista Felipe Alexandre Rodrigues , de 36 anos se deparou com dificuldades em fazer o consultório crescer e virar um case de sucesso. Em busca de conhecimento, abriu uma clínica da Oral Sin. Cinco anos depois, caminha para a inauguração da 38ª unidade.

Tudo isso fez com que ele abandonasse o ofício. “Hoje com o volume de franquias que abrimos e com todas as oportunidades que ainda enxergamos no mercado tive que, aos poucos, deixar minha profissão para focar na criação e gestão do Grupo GPF de franquias e alta performance para melhorar e gerir os resultados e operação dos negócios", diz o empresário. "Me tornei um empreendedor e busco oportunidades rentáveis e sócios investidores para entrar nos projetos junto comigo.”

Ele faz questão de elencar os benefícios de ter uma franquia. “São inúmeras as vantagens de ser um franqueado, uma vez que recebemos todos os manuais de know how e check list do que fazer e o quão lucrativo o negócio pode ser.”

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