O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que as reformas administrativa e tributária são fundamentais para a reeleição de Jair Bolsonaro em 2022. Na opinião de Guedes, as medidas poderão diminuir os impactos econômicos , prejudicados ainda mais pela pandemia de Covid-19.
Em meio às polêmicas sobre sua gestão no ministério, Guedes lembrou o jogo defensivo praticado pelo Palácio do Planalto até aqui. Com a discussão das reformas no Legislativo, para Guedes, é hora de atacar.
"É claro que tem gente dentro do governo que defende esse ponto de vista —a turma que diz ‘vamos parar a reforma, e a gente vai ganhar voto. Agora, vai parar tudo, vai queimar tudo? Não. A opinião pública brasileira está madura. Quer a reforma administrativa, como queria a reforma da Previdência, como quer a reforma tributária. Se você parar isso para tentar ganhar uma eleição, vai perder mais voto do que ganhar", afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
"Agora vem a eleição? Nós vamos para o ataque. Vai ter Bolsa Família melhorado, Bônus de Inclusão Produtiva, o Bônus de Incentivo à Qualificação, vai ter uma porção de coisa boa para vocês baterem palmas. Tudo certinho, feito com seriedade, sem furar teto, sem confusão", concluiu.
Nos bastidores, a agilidade das reformas administrativa e tributária é considerada uma vitória de Guedes, após enfrentar resistências de Congressistas após as dificuldades de negociação para o Orçamento 2021 . Com o centrão próximo, Paulo Guedes se viu pressionado a deixar o governo ou dividir seu superministério.
Em entrevista, o ministro ressaltou a participação dos partidos de centro nas aprovações de propostas econômicas. Ele vê esse apoio como um ponto forte para a manutenção de Bolsonaro na presidência em 2022 .
"O centrão acabou vindo para cá, deu sustentação parlamentar. Foi só eleger os presidentes da Câmara e do Senado que veio a aprovação de várias medidas — o Banco Central independente, novo marco fiscal, saneamento, gás natural, Correios, Eletrobras, Lei das Startups, Lei de Falências. Tudo começou a andar, está acelerando o ritmo de reformas", disse o ministro.
Guedes não deve continuar
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse a interlocutores que não deve continuar no governo em caso de reeleição de Bolsonaro em 2022. A informação é do jornal O Globo .
Guedes afirmou que pretende entregar “um país democrático”, com a apresentação de reformas e privatizações. À frente da pasta, o ministro apresentou a reforma da previdência, aprovada em 2019, além das reformas administras e tributárias, ainda em discussão no Congresso Nacional.