Entrevistado pela Folha de S. Paulo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu a parceria com o Centrão, que, segundo ele, foi importante para aprovar reformas necessárias para a past.:
“O Centrão acabou vindo para cá, deu sustentação parlamentar. Foi só eleger os presidentes da Câmara e do Senado que veio a aprovação de várias medidas, o Banco Central independente, novo marco fiscal, saneamento, gás natural, Correios, Eletrobras, Lei das Startups, Lei de Falências. Tudo começou a andar, está acelerando o ritmo de reformas.”
O ministro, defendeu também as demissões dos presidentes da Petrobras e do Banco do Brasil, argumentando despudoradamente que era preciso comprar apoio dos caminhoneiros e dos parlamentares:
“Na Petrobras e no BB, o que foram os gatilhos? Na semana da eleição na Câmara, um fala que vai fechar agências para aperfeiçoar a governança de banco. Outro ser abstrato defende o preço internacional do petróleo — e os caminhoneiros ameaçavam fazer greve. Você pergunta se eu estou aborrecido? Evidentemente. Mas o presidente fala: ‘Vocês não percebem que existe política? Vocês acham que fazem política econômica no vácuo? Isso é falta de sensibilidade. Vou trocar’. E ele fez tudo direitinho, expirou o mandato do presidente da Petrobras, interrompeu. O outro pediu para sair.”
“Nós jogamos na defesa nos primeiros três anos, controlando despesas. Agora vem a eleição? Nós vamos para o ataque. Vai ter Bolsa Família melhorado, BIP, o BIQ, vai ter uma porção de coisa boa para vocês baterem palma.”