O tamanho do calote do Brasil com organismos internacionais alcançou a marca de R$ 10,1 bilhões . Mesmo assim, na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021, o ministério da Economia prevê o pagamento de apenas R$ 2,2 bilhões desse montante. Esse valor não cobre nem os compromissos de R$ 4,2 bilhões previstos para este ano, ainda assim a verba deverá sofrer novos cortes, segundo apuração do Estadão.
A pasta de Paulo Guedes deve diminuir ainda mais o pagamento desses débitos para fazer vontades do Congresso Nacional.
Nos últimos anos, o Brasil cumpre com a cota mínima da Organização das Nações Unidas (ONU) no "último segundo", para não perder o direito ao voto. Com isso a imagem do país se deteriora, o que prejudica a participação rotativa no Conselho de Segurança em 2022 e 2023.
Já a dívida com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) é de cerca de R$ 500 milhões em plena pandemia.
O Tribunal de Contas da União já havia alertado para o crescimento da dívida, que no final de 2020 estava em R$ 6 bilhões, tendo como base a taxa de câmbio em R$ 5,48. O calote aumentou, pois, o governo não pagou as dívidas com o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) instituição financeira dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
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O Orçamento 2021 prevê R$ 658 milhões para o Banco do Brics, valor que, mesmo que não sofra cortes, permite saldar parcialmente o compromisso de 2020.
Na lista do calote, além do Banco do Brics, estão:
- O Banco de Desenvolvimento do Caribe;
- A Corporação Andina de Fomento (CAF)
- OBID Invest (braço do Banco Interamericano de Desenvolvimento)
- O Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata
- A Associação Internacional de Desenvolvimento.