Líderes do setor de vendas lutam pela reabertura total do ramo
Amanda Perobelli/Reuters
Líderes do setor de vendas lutam pela reabertura total do ramo


As principais organizações do comércio brasileiro e de prestação de serviços publicaram, nesta quinta-feira (22), um manifesto contra as medidas de distanciamento social adotadas para conter o avanço da Covid-19 .

O movimento levantou uma hashtag nas redes sociais, #nãoaceitamosnovosfechamentos, e criou um slogan: “o comércio formal não suporta mais pagar a conta sozinho, não vamos aceitar novos fechamentos”. As associações afirmam que as restrições aprofundam a crise e o sofrimento do comércio.

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“O comércio formal, responsável por 70% dos empregos no país, já contribuiu economicamente de demasia nesta pandemia. O comércio está exaurido. Não aceitamos limitações e restrições, que só agravam a situação”, diz o manifesto.


Requisições 


As associações pedem o fim de todas as restrições ao setor comercial e o direito de trabalhar irrestritamente. A justificativa do pedido é, segundo eles, salvar empregos e impedir que mais empresas fechem as portas.

A carta diz que  “o abre e fecha seletivo e sem critérios e evidências, praticado por alguns prefeitos e governadores, eleva os custos trabalhistas e de operação, causa instabilidade e insegurança, o que acaba gerando demissões e falência de empresas”.

Os comerciantes  argumentam que:

  • 25% do comércio quebrou e não volta mais
  • 15 milhões de empregos dependem do comércio aberto
  • 30 milhões de brasileiros já estão desempregados
  • Não há vacina contra o desemprego e a fome


Segurança

Para o diretor executivo da Alshop (associação brasileira de lojistas de shoppings), Luis Augusto Ildefonso, uma possível reabertura do comércio não coloca a vida de trabalhadores e clientes em risco, mesmo no pior momento da pandemia. 

“Os shoppings e lojas seguem os protocolos orientados pelo hospital Sírio Libanez. O que a gente já mostrou para as autoridades é que a propagação da doença em shoppings e lojas é quase zero. Deve ter tido uns casos no Brasil”, diz.

Para Ildefonso, a autogerencia das lojas é eficaz. “O que um shopping mais quer fazer é atender bem ao cliente, com conforto e segurança”.

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