A Fiat anunciou que vai conceder 10 dias de férias coletivas para cerca de 1.900 funcionários que trabalham no segundo turno do Polo Automotivo Fiat, de Betim, em Minas Gerais.
O prazo começa na próxima segunda-feira (19), com retorno programado para o dia 29.
Segundo a empresa, a medida foi tomada para "adaptar o ritmo de produção às condições atuais de volume e regularidade de fornecimento de componentes". A Fiat disse ainda que continua em contato e em negociação com seus fornecedores para normalizar os fluxos de suprimentos.
O problema da falta de insumos tem afetado as linhas de produção de automóveis e caminhões desde o ano passado e pode ampliar a falta de veículos. As filas para a compra de alguns modelos já chegam a quatro meses, um problema que teve origem na suspensão das linhas de produção entre abril e junho do ano passado e que ganhou fôlego com a escassez de chips e peças este ano.
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Desde o início da pandemia, outras montadoras já interromperam suas atividades, totalizando 10. Algumas foram para conter o avanço da Covid-19 nos pátios das fábricas, como a montadora Nissan, que anunciou férias coletivas em seu complexo industrial de Resende, no Rio de Janeiro, paralisando a produção entre os dias 26 de março e 9 de abril.
A Volkswagen, Scania e Volvo também já tinham anunciado a paralisação da produção nas fábricas do ABC paulista, e a alemã Mercedes-Benz também informou que vai parar a fabricação de veículos nas fábricas de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e em Juiz de Fora, Minas Gerais, por conta da pandemia de Covid-19.
Além destas, a Renault, Toyota, GM, Honda e a Volkswagen Caminhões divulgaram no fim de março a decisão de parar suas atividades temporariamente.