Com menos de seis meses de lançamento, o sistema de pagamentos instantâneos PIX corre o risco de ser paralisado. O alerta foi dado pela economista Miriam Leitão em seu blog no jornal O Globo .
Segundo a economista, o motivo seriam cortes de gastos propostos pelo governo. A medida é necessária para evitar o desrespeito ao teto de gastos e, assim, não estourar o orçamento.
Teto de gastos pode afetar PIX
O orçamento que foi enviado pelo Congresso recebeu uma série de críticas de economistas e do mercado financeiro. Diante da repercussão negativa, o governo busca fazer cortes e tornar o orçamento mais “realístico”.
Contudo, Leitão alerta que a área de tecnologia do Banco Central (Bacen) pode ter todo o orçamento cortado. E é justamente esta área que mantém o PIX em funcionamento.
“O orçamento corta todo o dinheiro da área de tecnologia do Banco Central. Está zerado. Se não for reconstituída esta despesa, não há como rodar o PIX. Este novo sistema de pagamento que impulsionou as transações em tempo real no Brasil vai ter que parar”, disse a economista.
Lançado em novembro de 2020, o PIX é mantido pelo Banco Central. Essa é uma diferença em relação ao TED e ao DOC, que são mantidos pelos sistemas dos bancos.
Paralisação interromperia sucesso do PIX
Caso haja essa paralisação, ela seria um forte golpe no sistema, que tem feito sucesso entre os brasileiros. Pelo menos 81% dos brasileiros que já utilizaram o PIX estão satisfeitos com o sistema.
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Ele permite a realização de transações instantâneas, 24 horas por dia, sete dias por semana. Além disso, o custo do PIX é gratuito para a maioria dos usuários. Isso torna o sistema bancário mais acessível e competitivo.
Entretanto, fontes ouvidas pelo Cointelegraph Brasil afirmaram que a possibilidade de paralisação da ferramenta é remota. Além disso, o PIX não é totalmente gratuito, o que lhe daria espaço para conseguir financiamento e manter o sistema.
“O PIX já responde por mais de 60% de todas as transações feitas pelos brasileiros. Portanto, uma possível paralisação por falta de verba está completamente descartada. Isso não passa de especulação e de quem não conhece de orçamento público e muito menos do PIX”, afirmou uma fonte do Bacen.