O presidente Jair Bolsonaro tem um compromisso para esta noite. Ele se reunirá com 11 donos de mega empresas nacionais na casa do empresário Washington Cinel, da empresa de segurança Gocil, em São Paulo. Segundo apuração do jornal Estado de S. Paulo, o grupo vai requisitar três pontos principais:
- A permissão do Palácio do Planalto para a c ompra de vacinas contra a covid-19 por empresas privadas
- Comprometimento do governo com o teto de gastos
- Agilidade na aprovação das reformas administrativa e tributária
Dentre os convidados, estarão Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Rubens Ometto (Grupo Cosan), André Esteves (BTG), Candido Pinheiro (Hapvida), José Isaac Peres (Multiplan), Rubens Menin (CNN/MRV), Carlos Sanchez (EMS), Alberto Saraiva (Habib's) e Flavio Rocha (Riachuelo), além de alguns representantes de empresas de mídia, como Jovem Pan e Rede Bandeirantes.
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A apuração do Estadão revela que não se trata de uma reconciliação entre Bolsonaro e o setor produtivo e financeiro, que vinham criticando fortemente o presidente. Ainda assim, todos os empresários e banqueiros presentes no encontro foram aprovados pelo Palácio do Planalto. Alguns deles, inclusive, são aliados de primeira hora do presidente desde a campanha eleitoral de 2018.
Bastidores
O anfitrião do evento, Washington Cinel, foi por muito tempo uma figura ligada ao governador de São Paulo, João Doria. Sem sucesso, ele tentou durante algum tempo apaziguar os ânimos entre Bolsonaro e o tucano. Ele continua a fazer parte do conselho do Lide, grupo de empresários criado pelo hoje governador, e as fontes ouvidas pelo Estadão negam que os dois tenham brigado.
Ainda assim, o dono da Gocil estaria mais próximo do presidente do que do governador paulista, conforme apurado pelo jornal. "Ele é fã do Bolsonaro", definiu uma fonte. A saída de Fabio Wajngarten da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do Ministério das Comunicações ajudou a melhorar a articulação entre empresários e governo. Quem está a cargo da interlocução é Fábio Faria, ministro das Comunicações. Os empresários também teriam aprovado as recentes trocas de comando nos ministérios da Saúde e das Relações Exteriores.