Mesmo com benefícios tributários e com o perdão bilionário do presidente Jair Bolsonaro
(sem partido), as igrejas
acumulam R$ 1,9 bilhão
de dívidas com a União. Segundo o Estadão, algumas deixaram de pagar até mesmo a contribuição previdenciária e o Imposto de Renda
já descontados do salário dos funcionários.
Aproximadamente R$ 1 bilhão do montante se referem a débitos previdenciários não especificados, podendo ser tanto débitos do empregador quanto a parte recolhida pelo empregado. Outros R$ 208 milhões são contribuições patronais inadimplentes.
Além disso, existem dívidas de tributos não repassados ao INSS. A prática pode configurar apropriação indébita com punição de dois a cinco anos de reclusão, além de multa.
As dívidas estão no meio de uma briga entre Fisco e igrejas. As instituições religiosas entendem que a lei as desobriga de pagar o imposto, uma vez que as atividades, segundo as igrejas, não tem a intenção de gerar lucro.
Para tentar resolver o impasse, a bancada religiosa no Congresso Nacional passou em agosto do ano passado uma lei que derruba todas as fiscalizações que tinham como alvo a cobrança previdenciária.