Motorista de ônibus
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Motorista de ônibus


Quase 50 mil postos de trabalho formais no setor dos transportes foram encerrados em 2020, aponta um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do Ministério da Economia, divulgado nesta segunda-feira (29).

No total, foram 49.820 trabalhadores que perderam o emprego durante o ano da pandemia, que o setor de transportes foi considerado essencial. 29.339 eram motoristas e 20.481 cobradores. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Só o estado do Pará contratou mais do que demitiu, 118 contratações.

“Durante a pandemia, os trabalhadores do setor de transportes coletivos foram considerados essenciais”, comenta o Dieese no boletim. “Havia alguma expectativa de que o emprego no transporte urbano apresentasse alguma melhora no período, com mais ônibus circulando para reduzir aglomerações dentro dos veículos, no entanto, ocorreu o contrário”, diz a nota.

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O estado de São Paulo lidera o ranking de demissões com 10.435 postos de trabalho eliminados, seguido do Rio de Janeiro (9.262), Minas Gerais (5.339), Rio Grande do Sul (4.378) e Pernambuco (3.963). 

Na semana passada, motoristas de São Paulo fizeram uma manifestação contra a lotação dos transportes coletivos e exigindo a vacinação para a classe. O sindicato da categoria, o Sindmotoristas, divulgou dados da Secretaria de Saúde mostrando aumento das ocorrências no setor.

Na cidade de São Paulo, até a quarta-feira (24), 1.739 trabalhadores do transporte estão com suspeita de covid-19, enquanto 844 tem a infecção do novo coronavírus confirmada. 113 destes trabalhadores já morreram em decorrência da doença.

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