Nesta segunda-feira (15), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP - AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM - MG), comentaram a gestão da pandemia pelo governo federal, a agenda do congresso nos próximos meses e a restituição do direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A entrevista foi realizada pelos jornais Valor Econômico e O Globo.
Lira disse que o Congresso deve focar na aprovação de reformas e de medidas de combate ao coronavírus e não se antecipar no debate sobre as eleições de 2022 como reflexo da volta da elegibilidade de Lula.
“Tanto a Mesa da Câmara quanto a Mesa do Senado são neutras no sentido político-eleitoral. Essa questão de candidatura de A ou de B é um erro mortal. O foco não é 2022. Se não resolvermos o drama de agora, não chegaremos em 2022”, disse.
Lira também disse que é um erro o Brasil “querer tratar de assuntos de 2022 neste momento. Temos que enfrentar mês a mês dificuldades desse ano, que é janela de oportunidades para o país”, completou.
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Pacheco criticou a atuação da Lava-Jato e o que ele descreve como “politização da Justiça”. “Quando a política entra pela porta do tribunal, a justiça foge pela janela”, disse.
Ele afirma que a operação se projetou para além de suas atribuições e, em alguns momentos, exerceu atividades próprias do Ministério Público. “Não há decisões judiciais com base em apelo popular”, afirmou.
Para o presidente do Senado, nem o presidente Jair Bolsonaro nem o ex-presidente Lula devem pautar suas ações neste momento pensando na eleição presidencial de 2022, mas sim unir esforços para combater a pandemia.