A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão vinculado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autorizou um aumento de até 4,88% nos preços de remédios . O reajuste foi publicado na edição desta segunda-feira (15) do Diário Oficial da União e já pode ser aplicado pelas farmacêuticas, justamente no pior momento da pandemia no Brasil, com alta expressiva de casos, internações e mortes por Covid-19 .
A regulação que permite o aumento de preços vale para mais de 19 mil medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro.
A decisão de permitir o reajuste de até 4,88% foi tomada pelo Comitê Técnico-Executivo da CMED em reunião no último dia 12. Por meio da entidade, o governo controla o reajuste de preços de medicamentos , estabalecendo o percentual máximo de aumento para esses produtos no mercado nacional.
O reajuste, que deveria ser feito sempre em 31 de março a cada ano, vem 15 dias antes do normal, porque a mudança pode ser feita imediatamente. A portaria publicada no Diário Oficial não esclarece essa antecipação.
Em 2020, por conta da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro anunciou acordo com a indústria farmacêutica para que o reajuste anual de remédios fosse adiado por 60 dias. Então, em junho, a CMED autorizou aumentos de até 5,21%, acima do atual, de 4,88%.