Devido à pandemia, a economia brasileira retraiu 4,1%
no ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Dentre os setores
mais afetados negativamente estão serviços e consumo
, por conta das medidas de isolamento. Já o destaque positivo fica com a agricultura
, graças à alta do dólar. Veja a lista detalhada:
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Serviços: -4,5%
- Atividades imobiliárias: +2,5%
- Administração pública e seguridade social: -4,7%
- Comércio: -3,1%
- Transporte, armazenagem e correio: -9,2%
- Atividades financeiras e de seguros: +4%
- Outras atividades de serviços: -12,1%
- Informação e comunicação: -0,2%
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Agropecuária: +2%
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Indústria: -3,5%
- Indústria de transformação: -4,3%
- Construção civil: -7%
- Eletricidade, gás, água e saneamento: -0,4%
- Extrativa: +1,3%
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Consumo das famílias: -5,5%
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Consumo do governo: -4,7%
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Investimentos: -0,8%
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Exportação de bens e serviços: -1,8%
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Importação de bens e serviços: -10%
Após três crescimentos tímidos, o país volta a registrar queda na evolução do PIB, e tem nova "década perdida" (10 anos sem crescimento econômico relevante).
Alta do PIB nos últimos 10 anos:
- 2010: +7,5%
- 2011:+4%
- 2012:+1,9%
- 2013:+3%
- 2014:+0,5%
- 2015:-3,5%
- 2016:-3,3%
- 2017:+1,3%
- 2018:+1,8%
- 2019:+1,4%
- 2020:-4,1%
Perspectivas para 2021:
Para 2021, com o avanço da pandemia, e novas medidas restritivas sendo aplicadas por governos estaduais, a atividade econômica tende a retrair e já se fala em recessão técnica (quando o primeiro e o segundo trimestres registram prévia do PIB negativa). A retomada econômica dependerá do ritmo da vacinação, para que o desempenho da economia possa se sustentar.
Por enquanto o cenário não é dos mais animadores. Até o momento apenas 3,36% da população foi imunizada, totalizando 7,1 milhões de pessoas com ao menos uma dose da vacina.
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Além disso, a lentidão em aprovar o orçamento do ano, e em pautar as reformas administrativa e tributária segue atrasando o plano de recuperação econômica do governo federal. Enquanto isso, a dívida pública atingiu R$ 5,06 trilhões em janeiro. Os resultados de fevereiro ainda não foram divulgados.
A insegurança fiscal é o fator que mais tem trazido temor ao mercado, que reage negativamente. A fuga de capitais e de investimentos externos faz o dólar bater R$ 5,74 até o momento.
Segundo relatório Focus , produzido pelo Banco Central, a previsão de elevação do PIB para 2021 é de 3,29%. Mesmo assim, não seria suficiente para alcançar o patamar pré pandemia.