Grupo citi perde na justiça direito aos US$ 500 milhões enviados por engano
Luciano Rocha
Grupo citi perde na justiça direito aos US$ 500 milhões enviados por engano

O Citigroup perdeu a ação em que buscava recuperar US$ 500 mi (cerca de R$ 2.685.445.268)  enviados a fundos credores por engano. A transferência se deu em agosto, após a compra da fabricante de cosméticos Revlon . O grupo pretendia enviar US$ 8 milhões em juros à credores do empréstimo, e no lugar acabou mandando US$ 900 milhões, o valor de todos os juros ainda devidos sobre o empréstimo.

O banco rapidamente conseguiu recuperar US$ 400 milhões, mas os fundos que recusaram a cooperar entraram numa batalha judicial para permanecer com os US$ 500 milhões. Um juiz ne Nova York decidiu que os recebedores têm o direito de ficar com a quantia. 

Jesse Furman, juiz federal de primeira instância no distrito de Manhattan, alegou que a existência de precedentes não permitem a decisão em favor do banco. “Caso o tribunal estivesse julgando uma questão sem precedentes”, escreveu o juiz, ele poderia ter decidido em favor do Citi, já que a instuição “percebeu seu erro e notificou os credores no dia seguinte”.

Existe uma lei no estado de Nova York que determina: um recebedor pode manter fundos transferidos por engano se eles constituírem o pagamento de uma dívida, se o recebedor não estava ciente do erro, e se o recebedor não recorreu a meios ilícitos para levar o remetente dos fundos a realizar o pagamento.

O juiz então alegou que uma instituição conceituada como o Citigroup cometer um erro assim seria "praticamente irracional". O grupo em comunicado discorda fortemente da decisão, e pretende recorrer. 

O Banco Central americando (Federal Reserve), multou a instituição em outubro por "deficiências duradouras" nos sistemas de controle. Depois do erro, o Citigroup investiu mais de US$ 1 bilhão em atualização de distemas de análise de riscos.


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