A Justiça decidiu que a Ford poderá demitir funcionários sem aval de sindicatos apenas em se for por justa causa. A decisão vale para empregados da fábrica em Camaçari (BA) e não interfere na decisão de proibir a montadora de demitir empregados em massa sem firmar um acordo coletivo .
De acordo com a liminar, a Ford foi dispensada de apresentar os dados da rede contratual impactada pelo anúncio de encerramento das atividades no Brasil, que provocou protestos na porta da indústria na Bahia e nas sedes de Taubaté (SP) e Horizonte (CE) .
Em nota, o Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT) informou a manutenção da decisão anterior que proíbe a negociação individual e redução de salários dos funcionários. A empresa ainda será obrigada a fornecer informações solicitadas por sindicatos em relação aos acordos de demissão.
Saída do Brasil
Justificada pela crise econômica e falta de incentivos, a Ford decidiu sair do Brasil no último dia 12 de janeiro . No anúncio, a montadora afirmou que as operações irão continuar no decorrer de 2020, até o acordo com todos os funcionários. A sede de Horizonte (CE), seria a última a fechar as portas.
Em 2019, empresa norte-americana havia anunciado o fim das operações da divisão de caminhões, em São Bernardo do Campo (SP) .
A Ford deve concentrar seus investimentos em países com incentivos maiores, como México e Argentina , onde a montadora irá injetar US$ 580 milhões para a fabricação e distribuição do novo modelo da Ranger, caminhonete pesada da empresa.