O Banco Central informou nesta sexta-feira (12) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) da instituição, considerado uma "prévia" do resultado do Produto Interno Bruto ( PIB ), aponta que a economia brasileira encolheu 4,05% em 2020.
Se confirmado, o tombo do PIB interromperá uma sequência de três altas seguidas no nível de atividade e também representará a maior contração desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que tem início em 1996. Antes desse ano, o PIB era calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O resultado oficial do PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, será divulgado somente em 3 de março pelo IBGE.
Embora o cálculo seja um pouco diferente, o IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
O mercado, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada, estima uma retração de 4,3% para a economia brasileira em 2019. O Ministério da Economia também estima uma queda de 4,5% e, para o BC, o tombo será de 4,4% no último ano.
Pandemia do coronavírus
O tombo do PIB, em 2020, aconteceu em meio à pandemia do coronavírus, que interrompeu, temporariamente, a atividade econômica e gerou recessão no país. Nos últimos meses, porém, indicadores mostram uma retomada da produção e das vendas, e os números oficiais confirmaram a saída do cenário recessivo.
Para tentar evitar um impacto maior da pandemia do PIB e auxiliar os desassistidos, o governo Bolsonaro anunciou, no ano passado, uma série de medidas - com impacto de R$ 524 bilhões nos gastos públicos.
A principal delas foi o auxílio emergencial, que liberou R$ 293 bilhões para os desassistidos, mas também foi anunciado um programa para conter o desemprego, um auxílio financeiro para os estados e programas de crédito garantidos por recursos públicos.