O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta quinta-feira (11) que deve apresentar um projeto para a regulamentação de uma emenda constitucional para definição de porcentagem ou valor fixo de impostos em combustíveis . De acordo com Bolsonaro, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) seria responsável por definir as alíquotas federais enquanto os estados discutirão os valores de ICMS .
Na transmissão, o presidente assumiu as altas taxas de impostos e afirmou esperar a aprovação da reforma tributária ainda neste ano.
“Se a gente conseguir reduzir o diesel, o feijão, arroz, seja lá o que for que depende de transporte rodoviário, vai chegar mais barato na ponta da linha”, afirmou Bolsonaro ressaltando que discute com o Ministério da Economia a redução de PIS/Cofins .
“Nós vamos exigir via decreto nos postos de gasolina, terá uma placa com o preço da refinaria, impostos federais, estaduais e margem de lucros. A União, governadores, prefeitos, nós arrecadamos muito [com impostos], onde pretendemos ver isso aí, com a reforma tributária. Ela vai conseguir chegar até o final do ano? Não sei, espero que sim”, ressaltou.
A movimentação para a redução de impostos em combustíveis acontece após a tentativa de greve dos caminhoneiros no começo deste mês e o receio de provocar uma crise econômica ainda maior. O Palácio do Planalto tenta negociar com o Congresso Nacional a adoção de medidas para reduzir os encargos, mas deve esbarrar nas propostas para a Reforma Tributária do próprio governo.
Bolsonaro ainda criticou agentes do mercado financeiro e afirmou que “qualquer boato eles ficam irritadinhos”.
“Pessoal do mercado qualquer coisa que se fala vocês ficam irritadinhos na ponta da linha, né? Sobe dólar, cai a bolsa. Se o Brasil não tiver um rumo todo mundo vai perder. Vamos deixar de ser irritadinho que não vai levar a lugar algum”, alfinetou.
O chefe do Planalto ainda elogiou o investimento que será feito pela General Motors . Segundo Bolsonaro, a GM irá investir R$ 10 bilhões nas fábricas de São José dos Campos e São Caetano do Sul. O portal iG entrou em contato com a empresa, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.