O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA
), que é considerado a inflação oficial
do Brasil, cresceu 0,25% em janeiro. A informação foi divulgada nesta terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Após quatro meses de altas escalonadas, o IPCA desacelerou em janeiro. Em dezembro, a inflação teve alta de 1,35%, e a taxa registrada em janeiro foi a menor desde agosto passado, quando foi de 0,24%. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 4,56%.
O item que mais contribuiu para a desaceleração da inflação foi a energia elétrica , que teve queda de 5,60% após mudança de bandeira nas contas . A queda no preço das passagens aéreas também puxou a inflação para baixo.
“Houve uma queda de 5,60% no item energia elétrica, que foi, individualmente, o maior impacto negativo no índice do mês (-0,26 p.p.) Após a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em dezembro, passou a vigorar em janeiro a bandeira amarela. Assim, em vez do acréscimo de R$ 6,243 por cada 100 quilowatts-hora, o consumidor passou a pagar um adicional bem menor, de R$ 1,343. O que resultou em uma deflação (-1,07%) no grupo Habitação, do qual esse item faz parte, mesmo com a alta em outros componentes, como o gás encanado (0,22%) e a taxa de água e esgoto (0,19%)”, esclarece o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Já os itens que tentaram puxar a inflação para cima foram alimentos e bebidas , mas com menos força do que nos meses anteriores. O grupo avançou 1,02% em janeiro, contra 1,74% registrado em dezembro. Pedro detalha que, dentro da categoria, alguns produtos variaram mais que outros.
"Os alimentos para consumo no domicílio, que haviam subido 2,12% no mês anterior, variaram 1,06% em janeiro. As frutas subiram menos (2,67% contra 6,73% em dezembro) e as carnes caíram de preço (-0,08% contra alta anterior de 3,58%), assim como o leite longa vida (-1,35%) e o óleo de soja (-1,08%). Por outro lado, os preços da cebola (17,58%) e do tomate (4,89%), que haviam recuado no mês anterior, aumentaram”, destaca Kislanov.
Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE
, sete tiveram alta nos preços
em janeiro. Confira:
- Alimentação e bebidas: 1,02%
- Habitação: -1,07%
- Artigos de residência: 0,86%
- Vestuário: -0,07%
- Transportes: 0,41%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,32%
- Despesas pessoais: 0,39%
- Educação: 0,13%
- Comunicação: 0,02%