A equipe econômica deve discutir a volta do auxílio emergencial ainda nesta semana em reunião com o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), responsável pela proposta da extensão do benefício no Senado . A expectativa é que o encontro sele a proposta do Governo Federal para estender o auxílio em parcelas de R$ 200.
Membros do M inistério da Economia pretendem manter o benefício por três meses e atender R$ 32 milhões de brasileiros, metade dos atendidos em 2020. No ano passado, o Governo gastou R$ 292,6 bilhões para o pagamento de nove parcelas do auxílio emergencial, sendo seis de R$ 600 e três com o valor de R$ 300.
Congressistas pressionam para que a medida seja aprovada nas próximas semanas e, ao contrário do que quer Paulo Guedes , o rombo não ser computador nas despesas do Governo. Os parlamentares pretendem colocar o projeto em votação ainda em fevereiro para o início do pagamento em março.
“Se o governo encaminhar o pedido de aprovação de um novo estado de calamidade pública, justificado pela pandemia, não é nem necessário votar a PEC Emergencial para resolver a questão da prorrogação do benefício. Nesse caso, a extensão do auxílio não correria o risco de furar o teto de gastos”, afirma Vieira, em entrevista à revista Exame
Vai e volta
No fim do ano passado, quando o auxílio emergencial ainda estava em vigência, o Ministério da Economia havia descartado a possibilidade de prorrogação devido à falta de caixa nos cofres públicos. O presidente Jair Bolsonaro também negou a extensão do benefício e afirmou que "se pagar R$ 5 mil por mês, ninguém trabalha" .
Após cobranças de parlamentares, inclusive de apoiadores de Bolsonaro, o Palácio do Planalto recuou e passou a cogitar a volta do auxílio . Nas últimas semanas, a equipe econômica estudou as alternativas e deve negociar com o Congresso Nacional as medidas para a manutenção do benefício.