Ricardo Barros
, líder do governo na Câmara dos Deputados, disse nesta terça-feira (2) que a continuidade do auxílio emergencial
não é possível. Um dia após as eleições no Senado e na Câmara
, ele defendeu o rigor fiscal e o controle orçamentário das contas públicas.
"Há uma pressão pela continuidade do auxílio emergencial, mas não é possível, dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não há mais decreto de calamidade pública, que venceu em 31 de dezembro. Não há Orçamento de Guerra, que também venceu em 31 de dezembro. Temos a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) votada para 2021 e só podemos executar 1/12 do orçamento. Agora temos Lei de Responsabilidade Fiscal, Teto de Gastos, rigor fiscal e precisamos só gastar aquilo que nós estamos autorizados”, disse o deputado à rádio CBN.
Segundo Barros, há R$ 38 bilhões previstos para o Bolsa Família que podem ser ampliados na votação do Orçamento deste ano. Ele argumenta, porém, que isso não significa que o auxílio possa voltar a ser pago. "Agora o auxílio emergencial, da forma como foi proposto anteriormente, ele exige um cheque em branco, uma autorização para o governo gastar sem limites, o que se esgotou no dia 31 de dezembro".
O deputado também falou que, com a vitória de Arthur Lira na Câmara
, privatizações
e reformas
devem acontecer, já que "o Congresso é reformista". "Rodrigo Maia não quis votar as privatizações, não pôs a reforma tributária para votar, não instalou a comissão da reforma administrativa, então tudo isso vai acontecer agora de forma rápida e simultaneamente", disse.