A Agência Nacional de Petróleo (ANP) apontou nesta segunda-feira (1°) que as vendas de combustíveis no Brasil caíram 6% entre 2019 e 2020. A queda foi de 131,8 bilhões de litros, o menor volume em oito anos.
A ANP destacou um recuo importante no consumo de querosene de aviação, etanol hidratado e gasolina em meio à pandemia.
A queda ocorreu diante de medidas de combate à proliferação do novo coronavírus. Entre maio e agosto, as vendas de combustíveis acumuladas no ano chegaram a ter queda superior a 8%, com uma leve melhora nos meses seguintes.
O volume comercializado pelas distribuidoras foi o menor desde 2012, quando as companhias venderam 129,7 bilhões de litros.
O combustível com a maior queda em 2020 foi o querosene de aviação, que caiu quase 50%, como resultado das restrições de voos para reduzir a circulação de pessoas.
Reduções por produto
Dentre os combustíveis mais comercializados, a maior queda foi observada nas vendas do etanol hidratado, que recuou 14,6% para 19,2 bilhões de litros, menor volume comercializado desde 2017 (13,6 bilhões de litros).
As vendas de gasolina C — concorrente do etanol hidratado nas bombas — caíram para 35,8 bilhões de litros, menor volume desde 2011, quando foram comercializados 35,4 bilhões de litros. A diferença entre 2019 e 2020 foi de 6,1%.
Já as vendas do diesel
ficaram praticamente estáveis, com alta de 0,3% no período, para 57,5 bilhões de litros.