A economia brasileira
deve crescer 3,6% este ano e 2,6% em 2022, de acordo com o relatório Panorama Econômico Global, do Fundo Monetário Internacional ( FMI
). A previsão deste ano teve um incremento de 0,8 ponto percentual em relação à última, de outubro, e a estimativa para 2022 subiu 0,3 ponto percentual.
Já a economia mundial tenderá a crescer 5,5% este ano e 4,2% em 2022, aponta o FMI. A previsão para 2021 foi revisada para cima, mais precisamente 0,3 ponto percentual em relação à anterior, refletindo as expectativas de um fortalecimento na economia ocasionado pela vacinação contra a Covid-19 .
Apesar das incertezas, diz o estudo, projeta-se que a atividade da economia global cresça no final do ano com a vacinação das populações e também com os projetos de alívio preconizados por grandes economias - como o de US$ 1,9 trilhão do governo de Joe Biden nos EUA.
A recuperação projetada do crescimento este ano se segue a "um colapso severo em 2020, que teve impactos adversos agudos sobre mulheres, jovens, pobres, trabalhadores informais e aqueles que trabalham em setores de contato intensivo com pessoas", diz o relatório.
A contração da economia global em todo o ano de 2020 é é estimada em -3,5%, 0,9 ponto percentual acima do projetado no informe anterior do FMI.
De acordo com o Fundo, as ações de governos, como estímulos contra a crise, são essenciais para garantir "um suporte eficaz até que a recuperação esteja firmemente em andamento", o que retomará o crescimento e a transição para uma economia mais sustentável, "com menor dependência de carbono".
As economias de países em desenvolvimento, recomenda o FMI, devem manter "apoio fiscal e monetário" onde a sustentação da dívida não estiver em risco e com expectativas de inflação "bem ancoradas".
Em especial, as nações com baixa renda per capita precisam do apoio da comunidade internacional para debelar a crise, com ajuda para alívio da dívida e a concessão de empréstimos, para que não haja aumento da pobreza
.