![Indenização deve ser definida até 25 de janeiro, data em que se completa dois anos da tragédia Indenização deve ser definida até 25 de janeiro, data em que se completa dois anos da tragédia](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/3f/va/64/3fva64xwv98zcy2ljxxnnuuau.jpg)
A mineradora Vale e o Estado de Minas Gerais devem assinar um acordo para pagamento de indenização material e moral após o estouro da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho . A tragédia, que completará dois anos no dia 25 de janeiro, matou 275 pessoas e deixou milhares de famílias desabrigadas.
As negociações devem encerrar até a próxima semana. O Governo de Minas Gerais pediu R$ 57,4 bilhões, mas mineradora contesta e ofereceu R$ 21 bilhões em indenizações.
As partes devem realizar uma última reunião para definir o valor final da reparação, no entanto, a data não foi divulgada. Há a expectativa de que a Vale pague R$ 37 bilhões, o que pode agradar ambos os lados.
Caso as partes não cheguem a um acordo até a próxima semana, o governo estadual deve mover um processo contra a mineradora. A preocupação das autoridades é a demora da Justiça para definir o valor das reparações.
A Vale informou que as negociações "seguem avançando" e ainda não há definição de valores. Em nota, a mineradora disse que negociou mais de R$ 2 bilhões em indenizações individuais e para 8.700 pessoas e o pagamento de auxílio emergencial para 100 mil atingidos.
Sem participação de atingidos
Em entrevista ao jornal O Tempo , a Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas) , responsável por atender parte dos atingidos pelo estouro da barragem em Brumadinho, reclamou da falta de participação do grupo nas negociações . No entanto, o secretário-geral do governo estadual, Mateus Simões, rebateu e informou que a ação se deve aos danos coletivos. De acordo com Simões, os danos individuais devem ser analisados por outras ações judiciais.
"Os atingidos são representados pela Defensoria Pública e o Ministério Público. Há uma interlocução constante das associações e das comunidades atingidas com esses agentes que foram, desde o início, quem atuou nos processos em favor das vítimas", disse o secretário ao jornal.