Indenização deve ser definida até 25 de janeiro, data em que se completa dois anos da tragédia
IG - Último Segundo
Indenização deve ser definida até 25 de janeiro, data em que se completa dois anos da tragédia

A mineradora Vale e o Estado de Minas Gerais devem assinar um acordo para pagamento de indenização material e moral após o estouro da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho . A tragédia, que completará dois anos no dia 25 de janeiro, matou 275 pessoas e deixou milhares de famílias desabrigadas.

As negociações devem encerrar até a próxima semana. O Governo de Minas Gerais pediu R$ 57,4 bilhões, mas mineradora contesta e ofereceu R$ 21 bilhões em indenizações.

As partes devem realizar uma última reunião para definir o valor final da reparação, no entanto, a data não foi divulgada. Há a expectativa de que a Vale pague R$ 37 bilhões, o que pode agradar ambos os lados.

Caso as partes não cheguem a um acordo até a próxima semana, o governo estadual deve mover um processo contra a mineradora. A preocupação das autoridades é a demora da Justiça para definir o valor das reparações.

A Vale informou que as negociações "seguem avançando" e ainda não há definição de valores. Em nota, a mineradora disse que negociou mais de R$ 2 bilhões em indenizações individuais e para 8.700 pessoas e o pagamento de auxílio emergencial para 100 mil atingidos.

Sem participação de atingidos

Em entrevista ao jornal O Tempo , a Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas) , responsável por atender parte dos atingidos pelo estouro da barragem em Brumadinho, reclamou da falta de participação do grupo nas negociações . No entanto, o secretário-geral do governo estadual, Mateus Simões, rebateu e informou que a ação se deve aos danos coletivos. De acordo com Simões, os danos individuais devem ser analisados por outras ações judiciais.

"Os atingidos são representados pela Defensoria Pública e o Ministério Público. Há uma interlocução constante das associações e das comunidades atingidas com esses agentes que foram, desde o início, quem atuou nos processos em favor das vítimas", disse o secretário ao jornal. 

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