O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC) , Bruno Serra, disse na manhã desta terça-feira (12) que a inflação ter ficado em 4,5% em 2020 é melhor que o esperado pelo mercado financeiro em setembro, quando a previsão era de 2,1%. Para Serra, o resultado foi positivo, pois está próximo do centro estipulado pelo BC para o índice.
“Estamos entregando uma inflação acima do centro da meta, o que nunca é desejável, mas sempre perseguimos o centro, então 4,5% é espetacularmente melhor que os 2,1% que imaginávamos no final de setembro”, disse.
Os dados sobre a inflação do país no ano passado foram divulgados na manhã desta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) . O diretor do BC, justificou o índice com o aumento do consumo da população em meio à pandemia e acredita na melhora dos dados em 2021, com o fim do auxílio emergencial .
"Muito dinheiro foi colocado nas mãos das pessoas, o que fez o consumo sofrer muito menos do que se imaginava", pontuou Serra, referindo-se ao aumento do poder de compra dos brasileiros com pacotes de incentivos.
O índice inflacionário é a principal atribuição monetária do país. Quando está alta, o Banco Central se vê obrigado a aumentar a taxa de juros da Selic para manter a economia. Com a inflação baixa, os juros podem ter descontos para estimular a atividade econômica.
Procurado, o Banco Central informou que não irá se posicionar oficialmente sobre os dados inflacionários divulgados pelo IBGE.