O número de pedidos de seguro desemprego subiu 1,9% em 2020 e atingiu 6,7 milhões de brasileiros, ante 6,6 milhões de pessoas que solicitaram o benefício em 2019. Os dados são da Secretaria de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia , divulgados nesta quinta-feira (07).
Para os analistas, o crescimento no ano passado se deve a crise econômica nas empresas durante a pandemia de Covid-19 .
Mesmo com o crescimento em 2020, a quantidade de solicitações em dezembro (425.691) caiu 4,9%, se comparado ao mês anterior (446.372). No comparativo ao mesmo período do ano passado, o recuo é de 2%.
De acordo com a secretaria, o setor de serviços, um dos mais atingidos pela pandemia, foi líder no número de pedidos em 2020. Ao todo, foram 2,7 milhões de requisições, o que representa 41% do total.
Já no quesito gênero, os homens lideram o ranking com 50% das solicitações, contra 49% feito por mulheres . O levantamento informa que 33% dos trabalhadores com idades entre 30 e 39 anos são os mais beneficiados com o seguro desemprego, seguido pelo grupo de 40 a 49 anos (20%).
Recuperação econômica
Na visão do Ministério da Economia, os dados mostram uma leve recuperação econômica e justificam a redução em dezembro com o aumento no número de carteiras assinadas registradas no mês anterior. Segundo o Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados, o CAGED , o país gerou 414.556 vagas de trabalho, superando o número de demissões pelo quinto mês consecutivo. Os dados do mês passado só devem ser divulgados na última semana de janeiro.
Entretanto, a taxa de desemprego no país continua alta, como aponta o último levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , que mostra a elevação do número de desempregados para 14,1 milhões de brasileiros , o que representa 14,3% da população apta a trabalhar. O IBGE deve divulgar na próxima semana, os dados atualizados sobre o desemprego no Brasil.