Na sexta queda mensal seguida, a taxa de inadimplência no sistema financeiro chegou a 3% em novembro, o menor índice da série histórica iniciada em março de 2011. O número foi divulgado pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (23).
A inadimplência vem caindo durante todo o período da crise. Em abril, mês com impacto econômico mais duro da pandemia, ela estava em 4%, se manteve nesse patamar em maio e foi caindo seguidamente, chegando a 3,6% em julho, 3,2% em setembro e agora 3%. Esses números se referem às concessões em recursos livres.
A trajetória de queda é a mesma para empresas e pessoas físicas , apesar dos patamares diferentes. Em abril, a taxa estava em 5,5% para pessoas físicas e 2,4% para jurídicas . Em novembro, esses índices caíram para 4,3% e 1,5%, respectivamente.
Essa queda na inadimplência é explicada diretamente por alguns efeitos da crise do coronavírus. O auxílio emergencial teve um impacto grande na renda de muitas famílias, o que pode ter evitado que elas deixassem de pagar seus compromissos.
Outro fator foram as renegociações dos contratos de empréstimos . Prevendo o choque da crise nas empresas e nas famílias, algumas instituições financeiras estimularam a renegociação para evitar a inadimplência, concedendo períodos de carência ou prazos maiores de pagamento.