O aumento de casos de Covid-19 tem levado prefeituras a adotarem medidas de estímulo à economia. Entre as ações estão a ampliação dos prazos para pagamento de impostos e a prorrogação de programas de renda básica criados durante a pandemia, a exemplo do auxílio emergencial do governo federal.
Em São Paulo, 480.146 famílias vão receber este mês o pagamento referente às parcelas de outubro, novembro e dezembro, no valor de R$ 100/mês, da Renda Básica Emergencial para reduzir efeitos da pandemia. Em Curitiba, tributos como IPTU e ISS poderão ser parcelados em até 36 vezes.
Segundo o jornal O Globo, o desafio dos municípios foi um dos temas de reunião da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) com 82 gestores eleitos e reeleitos, na última terça-feira.
O especialista em contas públicas Raul Velloso lembra que as receitas dos municípios estarão ainda mais pressionadas no ano que vem por conta do fim das tranferências de renda do governo federal.
Mesmo em cidades com capacidade de prorrogar programas sociais de renda básica, o efeito pode ser devastador para a caixa a longo prazo.
A saída, de acordo com Velloso, passa por ações de responsabilidade da União, já que a pandemia é uma questão que afeta todo o país.
Nos bastidores, integrantes da equipe econômica têm apostado que, apesar do repique do núemro de casos, os efeitos econômicos de uma segunda onda só serão sentidos caso medidas restritivas semelhantes às adotadas em abril deste ano forem autorizadas. Procurado, o Ministério da Economia não respondeu.