A Polícia Federal desencadeou nesta quinta-feira (10) uma operação para combater fraudes envolvendo o auxílio emergencial em 14 estados. Segundo a PF, foi determinado o bloqueio de até R$ 650 mil, valor diluído em várias contas que receberam benefícios de forma fraudulenta.
Segundo a PF , o operação — batizada de Segunda Parcela — é a maior ação já realizada para coibir irregularidades no pagamento do auxílio emergencial , que já contemplou mais de 67 milhões de pessoas no país.
Os 152 agentes que participam da operação cumprem 42 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão e 13 mandados de sequestro de bens. A ação ocorre simultaneamente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Espírito Santo, Bahia, Santa Catarina, Tocantins, Paraná, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Maranhão, Piauí e Mato Grosso do Sul.
No Rio, os policiais cumprem quatro mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca apreensão expedidos pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A ação local conta com a participação da Polícia Militar (PMRJ).
Ação conjunta
Participam também da ação e da força-tarefa de investigação integrantes do Ministério Público Federal (MPF), além de funcionários do Ministério da Cidadania, da Caixa Econômica Federal, da Receita Federal, da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU).
De forma preventiva, essa equipe teria identificado e bloqueado ou cancelado mais de 3,82 milhões de pedidos irregulares de auxílio emergencial. A estimativa é que pelo menos R$ 2,3 bilhões teriam sido poupados aos cofres públicos, considerando-se apenas o pagamento de uma parcela de R$ 600 para cada requerimento realizado.
A PF ainda alerta que aqueles que pediram e receberam parcelas indevidas do auxílio emergencial devem devolver os valores, sob pena de sofrerem investigação criminal.