O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sugeriu em coletiva realizada na tarde desta quarta-feira (09), “comemorar” o atrasado de 1 ano da votação da PEC Emergencial , que tem o objetivo de reequilibrar as finanças da União. Maia ainda disse que não analisou o relatório do Senador Márcio Bittar (MDB-AC), mas que recebeu críticas de um economista ao texto.
O chefe da casa legislativa ressaltou que deve se reunir com deputados para negociar o caminho da reforma tributária , que, segundo o presidente do Congresso Nacional, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), será discutida no dia 16 de dezembro.
“O projeto do governo é muito bom. Gerou polêmicas porque resolve distorções a favor de alguns que prejudica a maioria da sociedade. Ao mesmo tempo, vamos votar o projeto de lei que unifica o PIS/Cofins, mostrando que tanto o parlamento quanto o governo tem propostas convergentes”, afirmou o deputado.
As alfinetadas no Governo Federal não pararam por aí. Maia afirmou que as promessas do Planalto para a economia “daria um livro com três volumes” e completou informando que não irá prorrogar o estado de calamidade nem a PEC do Orçamento de Guerra , que autoriza o aumento dos gastos devido a pandemia do novo coronavírus.
“Não haverá votação de prorrogação de calamidade e nem da PEC da Guerra. O Governo que trabalhe para organizar o seu orçamento dentro das regras atuais. Esse aumento da pandemia (segunda onda da COVID-19), não está gerando nenhuma expansão fiscal e nem monetária. Se nós não fizermos assim, no próximo ano o Governo será obrigado a anunciar aumento de impostos”, ressaltou.
Importação de Armas
Na coletiva, Rodrigo Maia criticou a decisão do Governo Federal de isentar impostos para importação de armas . A medida foi anunciada nesta quarta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro , em uma rede social.
“No dia em que a gente está debatendo a polêmica das vacinas, o governo isenta a importação de armas. Nos deixa perplexo pela falta de prioridade em alguns momentos, e de sensibilidade”, disse o presidente da Câmara.
“Me parece que há alguma distorção ou falta de prioridades por parte do Governo. O Governo está interessado em flexibilizar a venda e a entrega de armas no país, entre outras agendas que desrespeitam a sociedade brasileira e as minorias”, criticou.