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Agência Brasil/EBC
Inflação teve alta de 0,89% em novembro, a maior para o mês desde 2015, segundo o IBGE

A inflação ficou em 0,89% em novembro na comparação com o mês anterior, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (8). Alimentos continuam a pressionar o índice, que deve fechar o ano acima do centro da meta de 2020. Entre janeiro e novembro, o IPCA acumula alta de 3,13%. E, em 12 meses, de 4,31%.

O centro da meta de inflação para 2020 é de 4%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, oscilando entre 2,5% e 5,5%.

O IPCA de novembro ficou acima da expectativa do mercado. Analistas ouvidos pela Reuters apontavam alta de 0,78%, uma desaceleração em relação aos 0,86% de outubro.

"O cenário é parecido com o que temos visto nos últimos meses, em que o grupo de alimentos e bebidas continua impactando bastante oresultado. Dentro desse grupo, os componentes que mais têm pressionado são as carnes, que nesse mês tiveram uma alta de mais de 6%, a batata-inglesa, que subiu quase 30%, e o tomate, com alta de 18,45%", explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Também tiveram alta alimentos como o arroz (6,28%) e o óleo de soja (9,24%), considerados os vilões do ano. Com isso, o grupo de alimentos e bebidas variou 2,54%. Já na carona da flexibilização, a cerveja, refrigerante e agua mineral consumidas fora de casa tiveram alta.

Além dos alimentos, a pressão sobre a inflação vem também dos preços administrados na reta final do ano. Após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ter anunciado bandeira vermelha nas contas de luz em dezembro, economistas revisaram a expectativa de alta do índice para 2020.

Segundo o Boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira, analistas revisaram a projeção do IPCA de 3,54%, na semana passada, para 4,21% . A cobrança da taxa extra na conta de luz estava suspensa desde maio deste ano, por causa da pandemia.

Apesar de aumentar a projeção da inflação oficial de 2020, a expectativa do mercado é que a taxa básica de juros, a Selic, hoje em sua mínima histórica de 2%, seja mantida na reunião no Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana, a última do ano.

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