Em ranking de 51 países que já divulgaram o Produto Interno Bruto PIB (PIB) do terceiro trimestre, o Brasil ocupa a 25ª posição, ao lado de países como Polônia, Estados Unidos, Holanda e Sérvia, que também tiveram crescimento em torno de 7% entre os meses de julho, agosto e setembro.
O Brasil cresceu 7,7% no terceiro trimestre na comparação com o segundo trimestre , segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (3), após tombo histórico no segundo trimestre.
Os Estados Unidos cresceram 7,4% no período, enquando a economia chinesa teve expansão de 2,7%, ficando na 48ª posição no ranking, elaborado pela agência de classificação de risco Austin Rating.
Na América Latina , México e Colômbia cresceram mais que o Brasil, com expansão de 12,1% (11º lugar no ranking) e 8,7% (19ª posição), respectivamente. O ranking mostra que 15 países tiveram crescimento econômico de dois dígitos.
O economista-chefe da Austin, Alex Agostini, afirma que o resultado do PIB do terceiro trimestre veio um pouco abaixo do que ele esperava: 8,4%. Ainda assim, é um crescimento muito positivo, embora não vá repor as perdas na atividade econômica dos piores momentos da pandemia.
Para a Austin, a economia brasileira deve fechar o ano com retração de 4,2%.
"Depois de uma queda recorde no segundo trimestre, de 9,7%, um crescimento dessa dimensão é positivo, embora não reponha as perdas do ano", disse Agostini.
Ele destaca a recuperação da indústria e do setor de serviços como pontos positivos. No caso de serviços, já se vê recuperação nos transportes (aéreo e rodoviário) que foram muito afetados nos piores meses da pandemia.
Agostini também aponta que o crescimento de 11% dos investimentos na margem mostra que os agentes econômicos começam a ficar mais confiantes.
"Mesmo que não sejam novos projetos, vemos o investimento voltando, especialmente na construção, um setor que gera muitos empregos", aponta o economista.
O crescimento de 7,6% no consumo das famílias também é um sinal positivo já que este segmento representa dois terços do PIB, embora o desemprego ainda continue alto.
Para 2021, a Austin espera crescimento de 3,3%. "O país só não cresce se o governo não conseguir andar com as reformas e apresentar um plano de estabilização fiscal. Atualmente, há uma onda de otimismo no exterior, com a chegada das vacinas contra o coronavírus e a eleição de Biden. A confiança está voltando e a Bolsa dá sinais disso e sobe", explica o economista.
Ranking de PIBs no terceiro trimestre
No ranking dos PIBs , o primeiro lugar ficou com a Tunísia, que teve crescimento de 19,8% no período, na comparação com o segundo trimestre. No segundo lugar, aparece a França, com crescimento de 18,7% no período, seguida pela Malásia, com expansão de 0,6%.
Países que foram duramente afetados pela pandemia, como Espanha e Itália, aparecem na quarta e quinta posições, respectivamente. A economia espanhola teve expansão de 16,7% no período, enquanto a italiana cresceu 15,9%.
A maior economia na zona do euro, a da Alemanha, teve crescimento de 8,5% no terceiro trimestre, ocupando a 21ª posição no ranking.
Confira o ranking dos 30 PIBs que mais cresceram, segundo a Austin Rating
- 1) Tunísia: 19,8%
- 2) França: 18,7%
- 3) Malásia: 18,2%
- 4) Espanha: 16,7%
- 5) Itália: 15,9%
- 6) Turquia: 15,6%
- 7) Reino Unido: 15,5%
- 8) Portugal : 13,3%
- 9) Eslovênia: 12,4%
- 10) Nigéria: 12,1%
- 11) México: 12,1%
- 12) Aústria: 12,0%
- 13) Eslováquia: 11,7%
- 14) Bélgica: 11,4%
- 15) Hungria: 11,4%
- 16) Chipre: 9,4%
- 17) Cingapura: 9,2%
- 18) Canadá: 8,9%
- 19) Colômbia : 8,7%
- 20) Ucrânia: 8,5%
- 21) Alemanha: 8,5%
- 22) Israel: 8,4%
- 23) Filipinas: 8,0%
- 24) Polônia: 7,9%
- 25) BRASIL: 7,7%
- 26) Holanda: 7,7%
- 27) EUA: 7,4%
- 28) Sérvia: 7,4%
- 29) Suíça: 7,2%
- 30) Letônia: 7,1%.