O "choque de energia barata" prometido pelo governo de Jair Bolsonaro ainda não chegou ao mercado de gás natural. Longe disso, já que, na realidade, temos visto aumentos do gás por boa parte do Brasil.
Levantamento feito pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace) aponta para aumentos de até 23% do gás em pelo menos 15 estados neste fim de ano, o que anulará boa parte das quedas registradas a partir de março, quando a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) começou a avançar no país.
Os reajustes devem gerar um aumento de custos para as empresas, que poderão repassá-los para o preço final de seus produtos, onerando, na ponta, o consumidor.
A alta ocorre no momento em que as distribuidoras vêm sofrendo com o aumento do calote, a inadimplência
. Em São Paulo, distribuidoras já estão até abrindo rodada de negociações com os clientes.
Segundo a Abrace, os maiores reajustes devem ser vistos em Minas Gerais, Pernambuco e Bahia. Confira as projeções de reajuste médio do preço do gás:
- Alagoas - 15,32%;
- Bahia - 21,79%;
- Espírito Santo - 21,29%;
- Rio de Janeiro - CEG 18,98% e Ceg Rio 20,44%;
- Ceará - 17,02%;
- Pernambuco - 22,86%;
- Minas Gerais - 23,56%;
- Paraíba- 20,65%;
- Rio Grande do Norte - 18,91%;
- Sergipe - 19,95%;
- São Paulo - Comgás 8,11%, Gás Brasiliano 15,89% e SP SUL 10,79%;
- Paraná - 16,01%;
- Mato Grosso do Sul - 16,64%;
- Santa Catarina - 20,18%; e
- Rio Grande do Sul - 16,16%.