Brasil Econômico

Mercado Livre frota
Reprodução/AEROIN
Boeing 737 do Mercado Livre

O Mercado Livre , que é o maior grupo de tecnologia para comércio eletrônico e serviços financeiros da América Latina, possui agora sua própria frota de aviões no Brasil, a fim de entregar as compras feitas através de seu site. A Meli Air, como é chamada a frota, é composta por quatro aeronaves que são operadas por diferentes companhias aéreas. 

Dessa forma, o Mercado Livre pretende reduzir seus prazos de envio dos pacotes no país. Além disso, deve ser capaz de aumentar a sua capacidade de entregas para o dia seguinte nas compras de produtos armazenados em seus centros de distribuição de São Paulo e da Bahia.

“Queremos ter a melhor logística do Brasil e aumentar o número de entregas no dia seguinte. A ampliação consistente e robusta da nossa malha logística é decisiva para a manutenção da excelência do atendimento e satisfação do consumidor final, tanto vendedores quanto compradores da nossa plataforma”, disse Leandro Bassoi, vice-presidente de Mercado Envios , braço logístico da marca. 

“Além de melhorar a experiência de compra no Brasil, esperamos que a frota contribua para o aumento do reconhecimento visual da marca associado aos atributos de confiança e eficiência logística”, completou.

Desde 2019 fazendo parcerias com companhias aéreas brasileiras, essa frota é o mais novo investimento do Mercado Livre para ampliar sua rede de funcionamento no Brasil. As aeronaves foram entregues ainda a tempo da Black Friday , o fim de semana de promoções que, neste ano, é a maior expectativa do comércio local para tentar uma recuperação após a pandemia do novo coronavírus.

Durante a pandemia, a empresa ajudou a manter vivo o setor de cargas, despachando grandes volumes de compras por via aérea. Em 2020, o Mercado Livre pretende investir R$ 4 bilhões no Brasil, o maior valor já gasto no país. Já em 2021, essa quantia deve aumentar. 

Além da frota própria de aviões para melhorar as entregas, os investimentos planejados incluem a instalação de novos centros de distribuição e cross-dockings, além do desenvolvimento de ferramentas para diminuir o tempo e o custo de entrega.

Antes da crise, era previsto que o comércio eletrônico brasileiro cresceria cerca de 18%. Agora, esse número deve ser muito maior do que o esperado no início do ano. Em apenas um semestre, o comércio virtual brasileiro cresceu de maneira inédita comparado aos últimos 20 anos. 

De acordo com uma pesquisa da Ebit/Nielsen, em parceria com a Elo, o faturamento com vendas online subiu 47% no primeiro semestre de 2020, somando R$  38 ,8 bilhões . Ao todo, foram efetuados 90,8 milhões de pedidos entre janeiro e junho deste ano.

O ápice do e-commerce foi entre os dias 5 de abril e 28 de junho, época em que a maior parte das cidades brasileiras havia adotado medidas de isolamento. Neste período, o número de pedidos cresceu 70% na comparação com 2019.


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