Esta quarta-feira (21) está sendo o segundo dia de protestos de militares da reserva e pensionistas das Forças Armadas em Brasília. Eles se posicionam contra o presidente Jair Bolsonaro. As informações foram obtidas pelo portal UOL.
O grupo de militares reclama sobre a redução dos valores de adicionais de disponibilidade – benefício para o militar ser obrigado a ficar completamente disponível para a força – e habilitação – recebido de acordo com os cursos feitos por cada um – além de outros pagamentos. Esses cortes foram definidos na reforma da previdência.
Pela manhã, militares da reserva de vários estados simularam à frente do Palácio do Planalto uma formação militar, com discursos cobrando Bolsonaro pelo cumprimento do acordo feito para reverter os prejuízos aos praças, graduados e pensionistas.
"O sentimento geral é que o presidente Bolsonaro nos traiu ", disse ao UOL Wagner Coelho, suboficial da reserva da Marinha, um dos organizadores do protesto.
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Na terça-feira (20), por volta de 300 manifestantes marcaram posição à frente do prédio do Ministério da Defesa.
Eles pretendem fazer um protesto nas cercanias do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente ainda nesta quarta.
Na quinta-feira (22), haverá novos protestos em Brasília. "Esperamos uma posição de Bolsonaro. Afinal, foram esses militares que por muito tempo atuaram como cabos eleitorais do presidente e agora estão arrependidos ", afirmou Coelho.
Em dezembro de 2019, durante reunião no Senado com a presença de dois ministros e comandantes das Forças Armadas, foi prometida reparação de perdas salariais pelo governo.
Na promessa, a proposta para os militares de menor remuneração seria enviada em janeiro de 2020, mas isso não mas isso não ocorreu. Coelho diz que apenas os generais tiveram remuneração aumentada. "Vamos cobrar o cumprimento desse acordo até o final", disse o suboficial ao portal.