Presidente do Banco Central fala em
Agência Brasil
Presidente do Banco Central fala em "ponto de inflexão"


O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, defendeu mais uma vez nesta segunda-feira (19) que o país volte para uma agenda de disciplina fiscal , com menos gastos, e de reformas econômicas. Campos Neto afirmou que o momento atual é um “ponto de inflexão” em que o país precisa passar credibilidade para investidores.


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"Nós precisamos voltar para o plano original de ir para o investimento privado e restaurar a credibilidade e no nosso caso, a credibilidade está e estará conectada com a disciplina fiscal e continuação das reformas. Tenho confiança que vamos alcançar isso".

Nas suas últimas falas, o presidente do BC tem defendido que o aumento de gastos no período de pandemia foi um desvio necessário, mas que o país precisa voltar para a agenda inicial do governo, que envolvia redução das despesas e reformas econômicas.

As seguidas defesas dessa agenda por Campos Neto vem em meio às discussões sobre uma possível extensão do estado de calamidade, o que permitiria mais gastos pelo governo. Tanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) quanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, negaram que isso poderia acontecer.

Essas incertezas quanto às despesas do governo tem elevado a curva de juros. Com mais dúvidas sobre o futuro, os compradores de dívida do governo, que sustentam os gastos extras, estão cobrando mais para emprestar recursos. Segundo Campos Neto, um crescimento descontrolado das despesas diminui a credibilidade do país e dificulta a atração dos investimentos .

"Estamos no ponto de inflexão na curva fiscal que se você quer induzir crescimento, é melhor gastar menos do que gastar mais porque nós estamos sendo penalizados pelos mercados e estamos perdendo credibilidade por ter uma dívida muito alta que está criando uma incerteza que está freando o crescimento por causa das expectativas".

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