O medo do desemprego
na população brasileira caiu consideravelmente, segundo mostra o indicador da Confederação Nacional da Indústria ( CNI
) divulgado nesta quarta-feira (14). Apesar dos graves impactos econômicos da pandemia de Covid-19
, a taxa ficou em 55 pontos, uma queda de 1,1 ponto na comparação com dezembro de 2019.
"A partir do fim do primeiro trimestre de 2020, as medidas de proteção adotadas no período contribuíram para conter o desemprego e aumentar a segurança no emprego. Possivelmente, a transferência de renda às famílias também contribuiu para esse resultado. Por fim, a retomada gradual das atividades comerciais e produtivas nos últimos meses tem impactado positivamente a formação de expectativas dos agentes, que, em um primeiro momento, esperavam por uma recuperação econômica mais lenta", avalia a CNI.
Mulheres e jovens temem perder o emprego
Embora o índice tenha caído na população como um todo, alguns grupos viram o medo do desemprego
subir. É o caso de mulheres, jovens e a população do Nordeste.
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O medo do desemprego entre as mulheres é bem superior ao dos homens. O indicador no público feminino ficou em 62,4 contra 46,8 no público masculino, uma diferença de 15,6 pontos.
O índice também é maior entre os jovens, especialmente aqueles na faixa dos 16 aos 24 anos (57,9), e na faixa seguinte, entre 25 e 34 anos (57,3). Esse indicador também é maior entre a população que reside no Nordeste (61,2) e os que recebem até um salário mínimo (65).
Satisfação com a vida
Já o índice de satisfação com a vida cresceu ligeiramente entre dezembro do ano passado e setembro deste ano, passando de 68,3 para 68,5 pontos. A satisfação com a vida aumenta à medida que a renda também aumenta.
Entre os que ganham mais de cinco salários mínimos, esse valor é 72,8 pontos, enquanto quem tem renda de até um salário mínimo registrou pontuação de 65,7. O indicador também é melhor entre os homens (70 pontos) na comparação com as mulheres (67,1).
O Índice de Medo do Desemprego e Satisfação com a Vida é uma publicação trimestral da CNI e, nesta edição, entrevistou 2 mil pessoas em 127 municípios do país, entre os dias 17 e 20 de setembro.