Após bater recorde em agosto , a taxa de desemprego ficou em 13,7% na primeira semana de setembro, segundo dados da Pnad Covid divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de pessoas procurando emprego caiu cerca de 700 mil em uma semana, somando, agora, 13 milhões em busca de uma vaga. Os dados, porém, são considerados estáveis pelo instituto.
Na última semana de agosto, a taxa de desemprego bateu 14,3%, a maior desde que o IBGE começou a fazer a pesquisa, em maio. Naquele mês, a taxa era de 10,5%. O crescimento recente se deve ao maior número de pessoas procurando emprego com a flexibilização do isolamento social.
Pela metodologia do IBGE, é desempregado quem não tem ocupação, mas está procurando trabalho na semana de referência da pesquisa. A Pnad Covid é semanal e não pode ser comparada à Pnad Contínua, trimestral.
Menos pessoas afastadas do trabalho
A população ocupada ficou em 82,3 milhões, cerca de 170 mil a mais que na semana anterior, o que representa uma alta de 0,2% em relação à semana anterior, também considerada estabilidade estatística.
O IBGE apontou, no entanto, que o indicador mantém "pequena tendência de aumento", observada desde julho. A taxa de informalidade foi de 34,6%.
"Essa recuperação recente vem se dando especialmente entre os trabalhadores informais, que foram os mais atingidos no início da pandemia", afirmou a coordenadora da pesquisa.
A população ocupada afastada caiu para 5,5 milhões na comparação com a semana anterior (6,1 milhões). Em maio, início da pesquisa, 20 milhões de pessoas estavam afastadas do trabalho.