A companhia aérea Latam, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos, apresentou nesta quinta-feira (17) uma nova proposta de financiamento DIP (que garante ao credor prioridade no recebimento dos créditos) para levantar US$ 2,45 bilhões.
A primeira proposta, feita pelos principais acionistas da Latam - as famílias Cueto e Amaro e a linha aérea Qatar - e pelo fundo Oaktree foi recusada em 10 de setembro em decisão da Corte de Falências de Nova York.
A oferta rejeitada previa que os controladores, que aportariam US$ 900 milhões dos US$ 2,45 bilhões previstos, tivessem o direito de converter parte da dívida em participação acionária com um desconto de 20%, o que foi questionado por acionistas minoritários na Justiça.
O juiz James Garrity considerou haver jurisprudência para rejeitar a oferta, que prejudicaria, segundo ele, demais credores e minioritarios.
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A nova proposta da Latam prevê agora a participação da Knighthead Capital, uma das credoras que questionava na Justiça as condições do DIP proposto pelos controladores da Latam.
Segundo a Latam, a nova oferta "mantém, em essência, a estrutura original de financiamento DIP", mas responde à objeção do juíz Garrity.
O DIP continuaria dividido em duas partes. A primeira, de levantará até US$ 1,3 bilhão, o Oaktree contribuirá com US$ 1.125 bilhão, enquanto a Knighthead Capital participará com US$ 175 milhões.
Na segunda, cujo valor será de até US$ 1.150 bilhão, os controladores da empresa aportarão US$ 750 milhões (contra US$ 900 previstos inicialmente). A Knighthead Capital entrará com US$ 250 milhões e acionistas minoritários da LATAM, até US$ 150 milhões. Caso esse valor não seja atingido, o diferencial será fornecido pelos outros credores participantes da oferta.