Preços dos alimentos estão no teto e devem cair nas próximas semanas, segundo o presidente da Conab
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Preços dos alimentos estão no teto e devem cair nas próximas semanas, segundo o presidente da Conab

Os preços dos produtos da cesta básica já estão chegando ao limite e devem começar a ceder a partir do próximo mês, informou, nesta quinta-feira (10), o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Guilherme Bastos. Segundo ele, no caso do arroz, a redução a zero do Imposto de Importação  para 400 mil toneladas até o fim deste ano, anunciada na véspera pelo governo, será sentida rapidamente.

"Historicamente, as cotações seguem mais altas no segundo semestre, devido à sazonalidade da entressafra. Porém, como o preço interno já ultrapassa a paridade de importações dos principais mercados produtores, é provável que perca sustentação no médio prazo, pois já há um intenso movimento das indústrias de beneficiamento na busca de produtos no mercado internacional. A decisão de zerar a tarifa de importação deve criar um novo teto de preços, abaixo do patamar atual, com tendência de queda nas próximas semanas. Os preços estão no teto", disse Bastos sobre o arroz .

Ao divulgar, nesta quinta, a safra de grãos neste ano - um recorde histórico de 257,8 milhões de toneladas - o presidente da Conab disse que a colheita de arroz vai subir para 12 milhões de toneladas em 2021. Em 2020, a produção foi de 11,2 milhões de toneladas, um crescimento de 6,7% em relação à safra anterior.

Este ano, o consumo de arroz deve subir 5,1%, puxado pelas refeições mais frequentes dentro de casa neste período de pandemia, conforme estimativa da estatal. O mercado externo continuará atrativo aos produtores, devido à desvalorização do real ante o dólar.

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Estoques baixos

Por outro lado, os estoques públicos de alimentos estão em níveis baixíssimos. Por exemplo, há cerca de 21 mil toneladas de arroz atualmente. Em 2015, a posição era de quase 1,7 milhão de toneladas.

O governo usa estoques públicos não apenas para garantir o preço e a renda do produtor. Em tese, a ideia é regular o abastecimento interno, para atenuar as oscilações de preços na entressafra.

No caso do feijão , a estimativa de produção total é de 3,23 milhões de toneladas, principalmente do feijão-comum cores, com aumento de 6,4% ao obtido em 2018/19. A primeira e a segunda safras já estão encerradas.

Ainda segundo a Conab, a produção de soja, de 124,8 milhões de toneladas, será a maior da história. O mesmo deve ocorrer com a colheita de milho, estimada em 102 milhões de toneladas.

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