Lobo-Guará, animal que estampará a nova nota de R$ 200
Adriano Gambarini/Reprodução Amigodolobo.org
Lobo-Guará, animal que estampará a nova nota de R$ 200

O lobo-guará, que enfeitará a nova nota de R$ 200 , foi o terceiro colocado e ficou para trás em enquete realizada pelo Banco Central em 2001 no então governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), que perguntou à população que espécimes da fauna gostariam de ver representados nas notas de real.

Em primeiro lugar na pesquisa ficou a tartaruga-marinha, que já é usada na cédula de R$ 2. Em segundo, o mico-leão-dourado, incorporado na cédula de R$ 20. Sobrou, portanto, o lobo-guará , que será aproveitado agora na nota de R$ 200 .

Agora, o animal foi escolhido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro para a nova nota. Sua popularidade voltou a ficar em alta - basta dar uma busca por ele no Google e são registrados quase 2,5 milhões de resultados.

Infelizmente, o lobo-guará está entre as 1.173 espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção . A estimativa é que no Brasil vivam cerca de 24 mil lobos-guará, com maior concentração no Cerrado.

Eles podem ser encontrados ainda, em menor número, na Mata Atlântica, no Pantanal e no Pampa.

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A espécie sofre com a degradação do meio ambiente , avanço desordenado de atividades humanas sobre o Cerrado e centros urbanos, o que leva à perda de seus hábitats.

Também é afetada pelo aumento da caça, por atropelamentos e disseminação de doenças a partir do contato com cães domésticos, segundo informa a Agência Brasil .

O lobo-guará figura na lista de espécies ameaçadas do Portal da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, na categoria de vulnerável, e depende da preservação de seus ambientes naturais para continuar existindo.

"Ele é talvez a espécie mais icônica do Cerrado. É um animal sempre associado à imagem dos vastos campos e savanas permeados pelas belas veredas que compõem as paisagens especiais do Brasil central", diz Reuber Brandão, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e professor associado da Universidade de Brasília. "É muito importante associarmos nosso patrimônio natural a símbolos de valor, mas isso precisa vir associado à consciência de que para sobreviverem necessitam que seu hábitat natural esteja preservado', completa.

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