Flexibilização do isolamento e processo de reabertura faz maioria das empresas sentir menos o impacto da pandemia
Tomaz Silva/Agência Brasil
Flexibilização do isolamento e processo de reabertura faz maioria das empresas sentir menos o impacto da pandemia

A flexibilização das medidas de distanciamento social tem feito com que as empresas comecem a esboçar alguma recuperação do nível de atividades. Dados da Pesquisa Pulso, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (2), mostra que 62% das empresas já apontam que o impacto da pandemia é pequeno, inexistente ou positivo nos negócios na segunda semana de julho.

Semanalmente, essa taxa vem reduzindo. Na segunda quinzena de junho, a incidência de efeitos negativos da pandemia era percebida por 62,4% das empresas; na primeira quinzena de julho, por 44,8%; e agora, na segunda quinzena de julho, por 37,5%.

"Isso já era esperado, pois, a medida em que aumenta o processo de flexibilização, as empresas passam a ter maiores receitas", explica Flávio Magheli, coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do IBGE .

Segundo a pesquisa, o setor de serviços continua sendo o mais impactado negativamente, enquanto o da construção tem o maior percentual de efeitos pequenos ou inexistentes. Este último tem sido beneficiado pelas medidas de auxílio emergencial, lançada pelo governo.

As regiões Sudeste e Sul são aquelas com a maior incidência de efeitos pequenos ou inexistentes na quinzena, segundo pesquisa do IBGE. O Norte, por sua vez, já vive um outro estágio, acima do pré-pandemia. A região concentra a maior incidência de empresas que perceberam impactos positivos 41,1%.

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Economistas afirmam que a tendência é a diminuição gradual dos impactos da pandemia nos próximos meses, com uma maior confiança do consumidor e consolidação da flexibilização dos protocolos em diversas regiões.

No entanto, indicadores de fluxo nas ruas mostram que o patamar de movimento segue abaixo do período pré-pandemia. Dados do Google indicam que o fluxo em lojas de varejo e lazer ainda está 14% abaixo do pré-pandemia, assim como o movimento em parques (-11%), transporte público (-22%) e locais de trabalho (-10%).

No início de junho, a pesquisa mostrou que durante a pandemia de Covid-19 , o país perdeu 716 mil empresas.

Segundo o levantamento, os efeitos da pandemia atingiram todos os setores da economia, mas foram mais intensos nos principais segmentos geradores de emprego no país: serviços e pequenas empresas. Entre as firmas que não voltarão a abrir as portas, 99,8% eram de pequeno porte.

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